domingo, 19 de junho de 2011

A Deusa Eostre




A Deusa Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos coloridos eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs.
Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora”. É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.

Ostara é o primeiro dia da Primavera, ocorre cerca de 21 de Setembro no hemisfério Sul e 21 de Março no hemisfério Norte. O inicio da primavera marca também a volta do Sol e uma época do ano em que dia e noite tem a mesma duração depois do inverno. É o despertar da Terra com sentimentos de equilíbrio e renovação.

A Deusa Ostara, também conhecida como Eostre (Deusa Anglo-Saxã, que significa Deusa da Aurora) ou Easter (Pascoa, em inglês), pois a páscoa no hemisfério norte é realizada nesta época, é uma deusa da primavera, da ressurreição e renascimento e tem como símbolo o coelho. Uma das principais tradições desse festival é a decoração de ovos. O ovo representa a fertilidade da Deusa e do Deus.

A Primavera é uma época de começar a plantar, época do amor, de promessas e de decisões, pois a Terra e a natureza despertam para uma nova vida as pessoas sentem-se diferentes neste período, mais dispostos, comem menos, dormem menos e acordam mais cedo, sentem-se mais felizes com esperanças renovadas na vida e na continuidade da existência.

Devido a isto a Igreja Católica posteriormente, absorveu a Páscoa das festividades pagãs de Ostara adaptando muitos de seus costumes, inclusive os ovos e o coelhinho da Páscoa, para aproximar os pagãos da nova religião nascente. Podemos perceber isso pelo próprio nome da Páscoa em inglês, Easter, muito semelhante a Eostre.

O nome Eostre ou Ostara, como também a Deusa é chamada, tem origem anglo-saxã provinda do advérbio ostar que expressa algo como “Sol nascente” ou “Sol que se eleva”, Muitos lugares na Alemanha foram consagrados a ela, como Austerkopp (um rio em Waldeck), Osterstube (uma caverna) e Astenburg.

Eostre estava relacionada à aurora e posteriormente associada à luz crescente da Primavera, momento em que trazia alegria e bênçãos a Terra. Por ser uma Deusa um tanto obscura, muito do que se sabia sobre ela foi se perdendo através dos tempos, e descrições, mitos e informações sobre ela são escassos.

Seu nome e funções têm relação com a Deusa grega Eos, Deusa do Amanhecer na mitologia grega.
Alguns historiadores dizem que ela é meramente uma das várias formas de Frigg ou Frigga deusa indo-européia esposa de Odin, ou que seu nome seria um epíteto para representar Frigg em seu aspecto jovem e primaveril.

Outros pesquisadores a associam à Astarte (Deusa Fenícia) e Ishtar (deusa Babilônica), devido às similaridades em seus respectivos festivais da Primavera.



Lendas:

Eostre tinha uma especial afeição por crianças. Onde quer que ela fosse, elas a seguiam, e a Deusa adorava cantar e entretê-las com sua magia.

Um dia, Eostre estava sentada em um jardim com suas tão amadas crianças, quando um amável pássaro voou sobre elas e pousou na mão da Deusa.
Para entreter as crianças Eostre disse algumas palavras mágicas, e o pássaro se transformou no animal favorito de Eostre, uma lebre.

Isto maravilhou as crianças. Mas com o passar dos meses, as crianças repararam que a lebre não estava feliz com a transformação, porque não podia mais cantar nem voar.

As crianças pediram a Eostre que revertesse o encantamento. Eostre tentou de todas as formas, mas não conseguiu desfazer o encanto. A magia já estava feita e nada poderia revertê-la.

Eostre então decidiu esperar até que o inverno passasse, pois nesta época seu poder diminuía. Quem sabe quando a Primavera retornasse e ela fosse de novo restituída plenamente com seus poderes, Ela pudesse ao menos dar alguns momentos de alegria à lebre, transformando-a novamente em pássaro, nem que fosse por alguns momentos.

A lebre assim permaneceu até que a Primavera chegou. Nessa época os poderes de Eostre estavam em seu apogeu e ela pôde transformar a lebre em um pássaro novamente, durante algum tempo.

Agradecido, o pássaro botou ovos em homenagem a Eostre.
Em celebração à sua liberdade e às crianças, que tinham pedido a Eostre que lhe concedesse sua forma original ainda que por pouco tempo, o pássaro, transformado em lebre novamente, pintou os ovos que havia botado e os distribuiu pelo mundo.

A Deusa Eostre para lembrar às pessoas de seu ato tolo de interferir no livre-arbítrio de alguém, entalhou a figura de uma lebre na lua, e que pode ser vista até hoje por nós em noites de lua cheia.

A Deusa Eostre assumiu vários nomes diferentes como Eostra, Eostrae, Eastre, Estre e Austra. É considerada a Deusa da Fertilidade plena e da luz crescente da Primavera.

Símbolos:

Seus símbolos são a lebre ou o coelho e os ovos, todos representando a fertilidade e o início de uma nova vida.
A lebre é muito conhecida por seu poder gerador e o ovo sempre esteve associado ao começo da vida.
Não são poucos os mitos que nos falam do ovo primordial, que teria sido chocado pela luz do Sol, dando assim vida a tudo o que existe.

A Deusa Eostre também é uma Deusa da Pureza, da Juventude e da Beleza. Era comum na época da Primavera recolher o orvalho para banhar-se ritualisticamente.
Acreditava-se que orvalho colhido nessa época estava impregnado com as energias de purificação e juventude de Eostre, e por isso tinha a virtude de purificar e rejuvenescer.


ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
Email: arcanjo.azul@hotmail.com

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Deusa Eurínome



Árvore genealógica baseada em Apolodoro. Por simplificação, foram omitidos seus irmãos e irmãs (seis mil, segundo alguns autores):


Eurínome (em grego: Εὐρυνόμη), na mitologia grega, era uma oceânide, filha de Oceano e Tétis.
Eurínome e Zeus são os pais das Graças: Aglaia, Tália e Eufrosina. Alguns autores (não mencionados) colocam Asopo como filho de Eurínome e Zeus

Culto a Eurínome

Na época de Pausânias, a aproximadamente vinte estádios de Phigalia, havia um santuário a Eurínome próximo à confluência dos rios conhecidos como Neda e Límax, no Peloponeso, em um lugar de difícil acesso. Os habitantes de Phigalia acreditavam que Eurínome era um título de Ártemis, mas os que conheciam a tradição reconheciam Eurínome como a filha de Oceano. Ela e Tétis (nereida) receberam Hefesto. O santuário permanecia fechado o ano todo, abrindo apenas um dia por ano, em uma data fixa; neste dia eram oferecidos sacrifícios pelo Estado e por indivíduos.
Pausânias não chegou no dia do festival e por isso não viu a estátua da deusa, mas a descrição dada pelos habitantes de Phigalia era de uma imagem de madeira, presa com correntes de ouro, sendo mulher da cintura para cima, e peixe da cintura para baixo. Pausânias comenta que não existe como conectar esta imagem à de Ártemis.

Interpretação do mito

Foi protótipo da Deusa mãe criadora e a mais importante divindade dos pelasgos, o povo que ocupou a região da Grécia em tempos pré-históricos antes da invasão jônica e dórica.

O nome significa algo como "aquela que governa de longe", e seu culto se espalhou por todo o Mediterrâneo, servindo de base para a maioria das religiões da região. Eurínome está associada ao mar e dentre os títulos atribuídos a ela, alguns são a Grande Deusa, Mãe Primordial, a Criadora do Universo, a Governante, Deusa do Universo, Deusa de Tudo, e Aquela Que Se Move Na Eternidade.
Na Suméria ela era conhecida como Iahu Anat, que significa "pomba sublime".

Eurínome tinha um templo em Arcádia de difícil acesso que era aberto apenas uma vez por ano. Se peregrinos penetrassem no santuário, iriam encontrar a imagem da Deusa como uma mulher com um rabo de serpente, presa com correntes de ouro. Nesta forma, Eurínome do Mar era considerada a mãe de todos os prazeres.

A lenda de Eurínome retrata bem a humanidade no período Paleolítico, quando o ato sexual ainda não era associado à gravidez e as culturas humanas não tinham conhecimento sobre o papel reprodutor do macho. A humanidade acreditava que as mulheres geravam os bebês por si próprias: ao ser picada por alguns insetos, comer determinado alimento ou se expor ao vento norte ou ao orvalho eram associações à gravidez. Em seu mito, Eurínome é o reflexo dessa crença, pois a partir do vento criou tudo o que existe no planeta, o que prova que é uma Deusa extremamente antiga.

Com o passar dos anos, Eurínome foi absorvida pelo culto às Cárites e posteriormente passou a ser considerada sua mãe. Após a ascensão do patriarcado, Eurínome foi injustamente rebaixada aos status de amante de Zeus, e de Criadora passou a ser considerada apenas uma titanide filha de Oceano e Tétis. Todavia, mesmo na versão patriarcal da mitologia grega, Eurínome e seu consorte Ofíon reinaram sobre o monte Olimpo até serem derrotados por Réia e Cronos.

Por ser a Deusa do Universo, é dito que dificilmente Eurínome concede um pedido específico, porém quando o faz, suas bençãos são eternas e acompanham a venturosa pessoa por todas as encarnações.

A lenda é um dos mais antigos mito da Criação existente desde a invenção da escrita. Eurínome é a Mãe Primordial dos Deuses e a Criadora do Universo, que governou o Olimpo antes da chegada do patriarcado e do reinado dos Deuses masculinos.


ALINE SANTOS é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Sacerdotisa, Professora, Educadora Patrimonial, Escritora, Numeróloga, Pesquisadora de Ciências Ocultas, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica, Tarô Terapêutico e Numerologia.
Email: arcanjo.azul@hotmail.com